Trinta anos após a adoção da Declaração e da Plataforma de Ação de Pequim, as desigualdades de género no mercado de trabalho continuam a ser uma realidade, segundo novos dados divulgados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).
De acordo com o relatório «Women and the Economy: 30 Years after the Beijing Declaration», as taxas de emprego das mulheres continuam muito inferiores às dos homens.
Em 2024, apenas 46,4% das mulheres em idade ativa estavam empregadas, comparativamente a 69,5% dos homens.
Segundo a OIT, a manter-se este ritmo, para alcançar a igualdade de género nas taxas de emprego seriam necessários quase dois séculos.
Embora mais mulheres tenham acesso à educação e formação, essa evolução não se traduziu em progressos significativos no mercado de trabalho.
As mulheres ocupam apenas 30% dos cargos de direção e continuam sobre representadas em setores de baixos rendimentos, enfrentando desigualdades salariais e dificuldades no acesso a empregos formais.
A OIT alerta para a necessidade de reformas urgentes para eliminar as barreiras que dificultam a participação plena das mulheres no mundo do trabalho.
Medidas como a promoção de políticas de conciliação entre vida profissional e familiar, a redução da desigualdade salarial e o combate à violência e ao assédio no local de trabalho são fundamentais para acelerar o progresso rumo à igualdade de género.
Na mensagem para o Dia Internacional das Mulheres, o Diretor-Geral da OIT, Gilbert F. Houngbo, destaca o papel essencial das mulheres na economia e sociedade – seja em trabalho remunerado ou não remunerado. «Porque quando as mulheres prosperam, o mundo prospera».
Mais informação: ILO Brief
Fonte: OIT