De acordo com um novo relatório conjunto da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da Organização Mundial de Saúde (OMS), intitulado The gender pay gap in the health and care sector: A global analysis in the time of COVID-19, as mulheres que trabalham no sector da saúde e dos cuidados enfrentam um fosso salarial mais vasto do que noutros setores económicos, ganhando em média 24% menos do que os seus homólogos masculinos.
O estudo, resultado de uma análise aprofundada da remuneração do setor da saúde, em 54 países, mostra que, globalmente, a diferença salarial é de 20%, mas sobe para 24% quando fatores como a idade, a educação e o tempo de trabalho são igualmente tidos em conta. Para os autores, este aumento indica que as mulheres são mal remuneradas no mercado de trabalho quando comparadas com os homens.
Para as mães que trabalham neste setor, existem desvantagens adicionais. Durante os seus anos de maternidade, o fosso salarial aumenta consideravelmente e persiste ao longo das suas carreiras. O relatório observa que uma partilha mais equitativa das responsabilidades familiares entre homens e mulheres poderia, em muitos casos, contribuir para que as mulheres fizessem escolhas profissionais diferentes.
O estudo mostra igualmente que as remunerações neste setor são geralmente mais baixas do que no resto da economia, como é o caso de outros setores económicos onde as mulheres são predominantes.
Fonte: OIT