Na última década, o número de plataformas digitais de trabalho quintuplicou, apesar de se concentrarem num pequeno número de países. O número de plataformas que utilizam a internet ou os sistemas de localização (táxis e entregas) aumentou de 142 em 2010 para mais de 777 em 2020. O número de plataformas com recurso à internet triplicou durante este período, ao passo que o número de plataformas de táxis e de entregas aumentou quase dez vezes.
Este relatório de 2021, publicado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), procura melhorar a nossa compreensão de como as plataformas digitais de trabalho estão a transformar o mundo do trabalho e as implicações dessa transformação para empregadores e trabalhadores.
Baseia-se nas conclusões dos inquéritos efetuados pela OIT e realizados a cerca de 12 000 trabalhadores em 100 países de todo o mundo que trabalham em plataformas de freelancers, baseadas em concursos, de programação competitiva e de micro tarefas e nos setores dos táxis e das entregas.
Também se apoia em entrevistas realizadas a representantes de 70 empresas de diferentes tipos, 16 empresas de plataforma e 14 associações de trabalhadores de plataformas em todo o mundo, de diversos setores.
Este documento fornece uma visão geral mundial pioneira e abrangente do modelo de negócio e das estratégias de negócio das plataformas, com base numa análise dos termos de serviço de 31 das principais plataformas baseadas na internet e baseadas na localização, e nas experiências dos trabalhadores e clientes nestas plataformas. Aborda, ainda, as lacunas regulamentares no que diz respeito à governação das plataformas e analisa diversas iniciativas empreendidas por governos e parceiros sociais para colmatar estas lacunas.
Por último, sugere formas de potenciar as oportunidades e ultrapassar os desafios que emergem da ascensão das plataformas digitais de trabalho, para assegurar um desenvolvimento empresarial sustentável e trabalho digno para todos os e para avançar na realização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.
Aceda ao relatório original em inglês aqui e, se preferir, pode aceder à edição agora publicada em português pelo escritório da OIT em Lisboa aqui.
Fonte: OIT