Relatório sobre Perspectivas Sociais e de Emprego no Mundo: Tendências 2025

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) publicou o seu relatório anual intitulado Perspectivas Sociais e de Emprego no Mundo: Tendências 2025 (World Employment and Social Outlook 2025), destacando que, embora o crescimento do emprego global se tenha mantido estável, os mercados de trabalho continuam a enfrentar desafios significativos.

A taxa de desemprego global em 2024 manteve-se em 5%, mas os défices no trabalho digno e as desigualdades continuam a ser obstáculos ao desenvolvimento sustentável.

Como principais conclusões o relatório aponta para:

  • Apesar de uma recuperação gradual, a criação de empregos ainda é insuficiente para superar os défices de trabalho digno, afetando especialmente os jovens, cuja taxa de desemprego global ronda os 12,6%.
  • A participação feminina na força de trabalho permanece significativamente inferior à masculina, resultando na perda de oportunidades para melhorar os padrões de vida globais.
  • O crescimento das energias renováveis criou mais de 16 milhões de empregos desde 2023. No entanto, a distribuição destes postos de trabalho é desigual, concentrando-se principalmente na Ásia Oriental e América do Norte.
  • A desaceleração da produtividade laboral em muitos países continua a limitar a criação de empregos de qualidade e o crescimento real dos salários.

O relatório prevê um abrandamento do crescimento económico global nos próximos anos, influenciado por tensões geopolíticas, custos crescentes associados às alterações climáticas e desafios na transição energética. Contudo, destaca-se a importância de políticas industriais focadas em tecnologias digitais e energias renováveis para impulsionar a criação de empregos.

A OIT apela à implementação de soluções inovadoras que promovam a justiça social e contribuam para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030. Entre estas medidas, inclui-se o fortalecimento da educação e formação para capacitar os jovens e o reforço da infraestrutura digital nos países em desenvolvimento.

 

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Fonte: OIT Lisboa