De acordo com a 3.ª edição da monitorização da OIT sobre o Covid-19 e o mundo do trabalho, publicada a 29 de abril, a diminuição do número de horas trabalhadas no trimestre em curso (2.º trimestre de 2020) deverá agravar-se significativamente em comparação com a estimativa anterior. Tal deve-se ao prolongamento e extensão das medidas de confinamento.
Em comparação com os níveis anteriores à crise (4.º trimestre de 2019), prevê-se uma diminuição de 10,5% das horas de trabalho, equivalente a 305 milhões de empregos a tempo inteiro ( tendo como base uma semana de trabalho de 48 horas).
A situação agravou-se a nível regional. Nas Américas, estima-se uma perda de 12,4% em horas trabalhadas no segundo trimestre (em comparação com os níveis pré-crise) e de 11,8% para a Europa e a Ásia Central. Na Europa do Norte e Ocidental, as previsões apontam para uma diminuição de 11,7% e 11,9%, respectivamente e de 15,9% para a Europa do Sul.
1,6 mil milhões de trabalhadores da economia informal enfrentam agora o perigo imediato de verem os seus meios de subsistência destruídos. O primeiro mês da crise levou a uma queda de 70% nos rendimentos dos trabalhadores informais na Europa e na Ásia Central.
À medida que a pandemia continua, é evidente que o regresso à normalidade ainda está muito longe e que o risco é ainda bastante elevado.
Fonte: OIT